quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Vídeo: Cobertura da show de encerramento da 3ª Parada
Vídeo: Cobertura da 3ª Parada da Diversidade
Vídeo: Eu Faço a Diferença (1ª Temporada)
As pessoas que participam do vídeo foram agraciadas com o troféu “Eu Faço a Diferença”, que este ano foi entregue a 12 personalidades e empresas de Bauru que contribuíram para o fortalecimento e o respeito à diversidade na cidade. A entrega do prêmio está no segundo ano e a expectativa para o próximo ano é que o número de troféus a ser entregue seja maior. No ano passado, foram entregues 10 troféus no Hotel Obeid Plaza.
“O prêmio é um agradecimento da Associação a essas pessoas e uma forma não apenas de reconhecer o trabalho delas, como ainda estimulá-las cada vez mais”, afirma Markinhos Souza, coordenador geral da Associação Bauru pela Diversidade (ABD), sobre o troféu, uma réplica do anfiteatro Vitória Régia nas cores do arco-íris.
Vídeo: Programa Rumos, Priscilão no Fantástico e 1ª Parada
Banho de alegria na avenida e um de água fria na Câmara
12/09/2010 - Cartas |
Banho de alegria na avenida e um de água fria na Câmara |
Nem mesmo a mobilização de 40 mil pessoas na avenida, a união da ABD com os Conselhos Municipais da Condição Feminina, da Comunidade Negra, dos Idosos, a OAB, o Conselho Regional de Psicologia e a imprensa bauruense conseguiram convencer a Câmara Municipal de Bauru a aprovar a lei de combate ao preconceito e à discriminação para segmentos especificados. O projeto original era para reconhecer a Semana da Diversidade como lei de combate ao preconceito e a homofobia, ressaltando os segmentos dos idosos, crianças e adolescentes, negros, mulheres, deficientes físicos e a comunidade LGBT, semana de lutas que vem sendo realizada na cidade há 3 anos, sem nunca precisar da Câmara dos Vereadores. Aproveito a oportunidade para lembrar ao caro leitor Daniel Majone Moreto, bauruense, que hoje reside em Porto Alegre-RS, que essa novela tem capítulos que ele desconhece, embora bem informado pelo acesso ao JCNet. Nem tudo foi publicado sobre a discussão e os bastidores da política são o mistério público número um da sociedade. Nunca sabemos o que os nossos representantes de fato representam. Se o leitor fosse homossexual, com certeza saberia que têm poucos direitos garantidos por lei. Se ele, além de pertencer ao segmento LGBT, fosse mulher, negra, idosa e deficiente física, ele saberia melhor ainda o que significa carregar o peso da cruz da discriminação pela sua orientação sexual. Tudo começou quando o pastor Sakai foi indicado para ser o relator do projeto de lei, elaborado pelo prefeito em conjunto com a ONG que defende os direitos dos LGBT: a Associação Bauru pela Diversidade. Incomodado com a sigla gay e com o barulho que a ABD vem fazendo na cidade, o vereador procurou o prefeito Rodrigo Agostinho e pediu que ele retirasse a sigla LGBT do projeto, substituindo-a pelo termo “orientação sexual”. Rodrigo, por sua vez, disse que manteria o projeto original. Irritado, o pastor chegou até trocar palavrões com o prefeito. Todos nós sabemos, entretanto, que a bancada evangélica tem se colocado contra a aprovação de leis afirmativas dos direitos LGBT em todos os níveis de governo neste país. Aqui em Bauru não seria diferente. Fomos informados que a briga não era pela sigla, mas pela correlação de forças entre os partidos políticos que apoiam o governo. Caso o prefeito insistisse, o pastor não votaria mais a favor dos projetos do Executivo. Sem conseguir êxito e sofrendo muitos protestos, Sakai tenta substituir a sigla pela expressão “minorias” e também recua quando é surpreendido com outra manifestação na Câmara. Sem conseguir retirar a sigla LGBT com o prefeito e sem conseguir substitui-la, ele então resolve propor uma emenda que substituiria as nomenclaturas dos segmentos citados por: “todos os segmentos de nossa sociedade”. Um claro posicionamento preconceituoso, maquiado pela preocupação de atingir toda a sociedade, descaracterizando as populações mais atingidas pela intolerância sexual. Com a preocupação de uma manifestação contrária a ele na Parada da Diversidade, Sakai nos convocou para uma reunião no dia 13 de agosto e, perante representantes da sociedade, prometeu que manteria a nominação dos segmentos vítimas do preconceito e acrescentaria a expressão: “outras populações vulneráveis”, o que seria o politicamente correto. Após a realização da Parada e livre dos protestos, Sakai descumpre o prometido e apresenta a emenda original, depois de articular os votos favoráveis a ela. Na sessão do dia 8 de setembro, o projeto foi aprovado com a emenda Sakai. O que eles combinaram nos bastidores, só Deus sabe. O mais intrigante é que a Câmara dos Vereadores acompanhou toda a história e sabia da verdade desde o começo. Mesmo assim, ainda thouve alguns que fizeram discursos inflamados apoiando a emenda alegando que acompanhavam o raciocínio do pastor, como foi o caso do vereador Moisés Rossi. Outra surpresa foi Renato Purini, o líder do prefeito na Câmara, que votou contra o projeto do Executivo. Depois deste ato, fica difícil para a população entender quais são as costuras políticas que governam a nossa cidade. Chegamos à conclusão de que foram dois os motivos que levaram o nosso projeto a ser descaracterizado com essa emenda: por preconceito velado e mascarado entre a maioria dos nossos políticos e por não ser interessante para eles que projetos com o apoio da mobilização popular sejam aprovados. Já pensou se essa moda pega? Enfim, a Associação Bauru pela Diversidade continuará a realizar a mesma Semana da Diversidade que vem desenvolvendo há 3 anos, independente de lei aprovada ou não. Resta saber quem irá realizar a tal da Semana de Combate ao Preconceito e Discriminação para todos os segmentos da nossa sociedade, considerando que esse já é um dos objetivos constantes da Lei Orgânica do Município, só que para o ano todo? Será que os vereadores que aprovaram essa lei têm a capacidade de indicar que irá cumpri-la? Aprovar uma lei da forma que querem é muito fácil, executá-la é outra história. Nós, da Associação Bauru pela Diversidade, e todos os segmentos da nossa sociedade, aguardamos ansiosos que leis de combate ao preconceito, à intolerância e à violência sejam efetivamente aplicadas e que, sobretudo, resultem em qualidade de vida para os contribuintes. Associação Bauru pela Diversidade (ABD) para o Jornal da Cidade |
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Fotos da 3ª Parada de Bauru por Macarini
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Sigla gay é discriminada em projeto contra preconceitos
Quarta-feira, 08 de setembro de 2010 - 22:03
Sigla gay é discriminada em
projeto contra preconceitos
Vereadores aprovam semana de
apoio a minorias, mas retiram
citação original à comunidade LGBT
Bruno Mestrinelli
Agência BOM DIA
A Câmara aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que institui a Semana de Combate ao Preconceito e à Discriminação. No entanto, os parlamentares esconderam os nomes dos segmentos denominados inicialmente no projeto original do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB).
Os parlamentares aprovaram a emenda do vereador Pastor Sakai (PP) que excluiu a sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e denominações de outras fatias da sociedade que são discriminadas, como crianças, adolescentes, negros, mulheres, idosos e pessoas com deficiência.
Foram oito votos favoráveis à modificação e contra a citação das comunidades: Chiara Ranieri (DEM), Amarildo de Oliveira (PPS), Carlinhos do PS (PP), Moisés Rossi (PPS), Natalino da Silva (PV), Paulo Eduardo (PSB), Renato Purini (PMDB) e o autor das modificações.
Ou seja: o projeto ficou genérico, apenas dizendo que a semana contra o preconceito é direcionada a “todos os segmentos de nossa sociedade”.
A alegação de Sakai ao apresentar tal emenda é que ele queria abranger o maior número de segmentos no projeto, alegando que outras comunidades discriminadas poderiam reclamar.
No entanto, como o BOM DIA mostrou, o incômodo do parlamentar com o projeto é anterior a isso.
Ele chegou a pedir para o prefeito retirar a denominação LGBT do projeto e sugeriu que fosse colocado o termo “opção sexual”. Com a negativa do chefe do Executivo, Sakai resolveu tirar ele mesmo todas as siglas.
Em seguida, após pressão das entidades envolvidas, convocou reunião com os interessados e prometeu, inclusive ao BOM DIA, que manteria os nomes, incluindo a sigla LGBT. Ele não cumpriu o acordo feito durante o encontro.
“A emenda apresentada deixa o projeto mais abrangente”, limitou-se a dizer quando questionado sobre a mudança de opinião.
José Segalla (DEM) propôs que a emenda de Sakai fosse contemplada com as denominações e a sigla gay. “Todos temos o direito de nos expressar”, diz, referindo-se à citação das comunidades discriminadas.
Roque Ferreira (PT) também votou contra a modificação. “A emenda desvirtua o processo. Temos que respeitar as diferenças”, avalia.
Os dois e os outros cinco vereadores que votaram contra a emenda, também se posicionaram contra o projeto do prefeito, por considerarem que a essência do projeto foi atingida por esconder as comunidades em questão. Opinião do BOM DIA Após o fim da votação, estenderam a manifestação aos outros sete parlamentares que aprovaram a matéria sem a sigla. Ele afirmou ainda que a exclusão da sigla LGBT do projeto não vai impedir que a associação continue lutando pelos direitos dessa comunidade, inclusive com a expansão da Parada da Diversidade, realizada há três anos.
O preconceito não pode ser escondido
As pessoas que sofrem preconceito por serem gays, negros ou deficientes precisam ter seus nomes citados em projetos que versam sobre combate aos preconceitos. É uma ação afirmativa importante para eles. Pena que a atual Câmara não teve a sensibilidade necessária.
Associação reclama e protesta
Um grupo de manifestantes e diretores da ABD (Associação Bauru pela Diversidade), que lutou pela manutenção da sigla LGBT no projeto protestaram contra o vereador Pastor Sakai.
“A discriminação se dá exatamente porque, ao se generalizar, se discrimina as diferenças. Até que ponto essa Casa vai manter leis preconceituosas por elas serem genéricas”, reclama João Winck, coordenador da ABD.
Câmara aprova projeto, mas elimina sigla gay
09/09/2010 - Política |
Câmara aprova Semana da Diversidade, mas elimina da lei vinculação com LGBT |
Apesar das manifestações da Associação Bauru pela Diversidade (ABD), que lotou a galeria da Câmara Municipal de Bauru durante a sessão de ontem, o projeto de lei que instituiu a “Semana de Combate ao Preconceito e a Discriminação” foi aprovado, mas com alterações. A substituição da expressão LGBT, referente a lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, da proposta foi criticada pela associação. Diferentemente do acordado em reunião realizada na Câmara no último dia 13 de agosto, com representantes da ABD, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Bauru, e dos conselhos dos Direitos da Mulher, dos Negros e dos Idosos, o vereador Roberval Sakai (PP) relator do projeto manteve emenda substituindo a expressão. O plenário aprovou a modificação por oito votos a sete. Com isso, o GLBT deu lugar ao “por todos os segmentos da sociedade”. O projeto também foi aprovado, já com a emenda, pelo mesmo placar. O vereador Moisés Rossi (PPS) afirmou que votaria pela manutenção da emenda, por entender que a lei deveria ser abrangente, para ai sim evitar discriminação. Paulo Eduardo de Souza (PSB) também se manifestou nesse sentido. Já o petista Roque Ferreira, observou que a especificação deveria ser mantida, para garantir a preservação dos direitos dos grupos. José Roberto Segalla (DEM) defendeu o texto com a emenda e citou a Constituição como exemplo. “Em seu artigo terceiro, que estabelece os fundamentos da República, diz promover o bem de todos sem preconceito de cor, raça origem, idade e qualquer outro. O legislador poderia ter sido abrangente, como o Sakai fez. Mas ele colocou as mais importantes, para não deixar dúvidas. Se há discriminação de sexo, cor, origem, o Brasil é contrário. Mas também é contra todas as outras formas de preconceito”, explicou. O vereador do PP, por sua vez, criticou a manifestação da ABD, que levou faixas com os dizeres: “30 mil disseram não ao Sakai. Quantos vereadores vão dizer sim ao preconceito?” e “Pastor Sakai, não cumprir com sua palavra significa má fé”. “Não posso aceitar jamais ser ser intimidado”, afirmou. “Pela emenda espero abranger grupos que não estão mencionados agora. Sei que isso não vai agradar muita gente, mas não queria deixar a minha consciência pesada por deixar alguém de fora”, observou. Votaram a favor da emenda e pela aprovação do projeto Chiara Ranieri (DEM), Luiz Carlos Bastazini (PP), Moisés Rossi (PPS), Natalino Davi da Silva (PV), Paulo Eduardo de Souza (PSB), Renato Purini (PMDB), Sakai (PP) e Amarildo de Oliveira (PPS). Por não concordar com a emenda e ponderando que ela descaracterizaria o projeto inicial, votaram contra os vereadores Fabiano Mariano (PDT), Fernando Mantovani (PSDB), Francisco Carlos de Góes (PR) Gilberto dos Santos (PSDB), José Roberto Segalla (DEM), Marcelo Borges (PSDB) e Roque Ferreira (PT). O presidente, Luiz Barbosa (PTB), só votaria em caso de desempate, o que não aconteceu ontem. João Winck, conselheiro da ABD, afirmou que a entidade já estuda acionar a Justiça sobre o caso. “Vamos levar o caso para frente, para checar até que ponto a Casa pode legislar desse jeito”, disse. “A Câmara perdeu uma grande oportunidade de fazer uma Bauru melhor”, lamentou. Para ele, houve manobra ainda antes das manifestações durante a Parada da Diversidade, realizada no final de agosto. “Naquela ocasião houve toda uma negociação que não foi cumprida”, ressaltou. Winck ressalta que a necessidade da especificação no projeto reflete o combate ao preconceito e à violência e que o projeto, como foi aprovado, é discriminatório. “Até quando essa Casa vai manter o preconceito por serem genéricos?”, critica. “Na comunidade LGBT, o preconceito gera violência”, sustentou. |
Lígia Ligabue - Jornal da Cidade |
Polêmica sobre sigla LGBT prossegue
05/09/2010 - Política |
Polêmica sobre sigla LGBT prossegue |
Diferentemente do acordado em reunião realizada na Câmara Municipal há cerca de um mês com representantes da Associação Bauru pela Diversidade (ABD), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Bauru, e dos conselhos dos direitos da Mulher, dos Negros e dos Idosos, o vereador Roberval Sakai (PP) excluiu a sigla LGBT (referente a lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) do projeto de lei que institui a Semana de Combate ao Preconceito e Discriminação. A redação do projeto, que consta na pauta da sessão legislativa da próxima quarta-feira, não cita grupos em específico, mas ‘todos os segmentos de nossa sociedade’ vitimados por preconceito e discriminação. No entanto, conforme o JC veiculou, após o encontro, ficou definido que o projeto original (onde consta a sigla) seria retomado e o parlamentar acrescentaria outros grupos que sofrem com o problema. O recuo de Sakai mobilizou novamente os representantes da ABD, da OAB e dos conselhos – inclusive o Regional de Psicologia. Na última sexta-feira, eles se reuniram em repúdio à posição do vereador. “Ele assumiu o compromisso diante de todas as entidade reunidas. Não é apenas uma sigla. Ela representa um conjunto de populações que se estima em 10% dos brasileiros, em 10% dos munícipes das cidades”, comenta João Winck, conselheiro da ABD. Ele ressalta que a associação é proponente do projeto (discutido com o Executivo, que o enviou ao Legislativo). Estatutariamente, a ABD trabalha com segmentos definidos, ou seja, LGBT, negros, mulheres, idosos, crianças e adolescentes. “Mas não são apenas esses segmentos que sofrem preconceito. Tem também o índio, o obeso, o ex-detento que não consegue mais arrumar emprego”, comenta o pastor. Ele ressalta que após discutir o projeto com outros vereadores optou por colocar ‘todos os segmentos de nossa sociedade’ justamente para não excluir nenhum grupo. Prazo “Eu tenho palavra sim. Eu dei minha palavra e honro minha palavra. Tenho prazo para mudar qualquer coisa até antes de entrar em votação”, explica o vereador. Porém, de acordo com ele, dependendo da postura dos representantes da ABD, da OAB e dos conselhos, ele manterá o texto sem especificar as populações, comentou com a reportagem. Simpatizantes da Semana de Combate ao Preconceito e Discriminação, que não estiveram na reunião realizada na Câmara há um mês, acreditam que o pastor tenha se comprometido na ocasião a incluir a sigla LGBT para evitar protestos incisivos durante a Parada da Diversidade, realizada no final de semana passado. “Essa informação não procede. Quando eles vieram falar comigo, perguntaram se eu estava preparado para uma manifestação. Falei que eles tinham o direito de fazer o que quisessem. Respondi que estava preparado. O que eu não posso e não vou aceitar é ameaças”, diz o vereador. Após o encontro na Câmara, porém, os organizadores da Parada, que reuniu mais de 30 mil pessoas, demoveram uma grande comunidade de protestar contra o parlamentar, comenta Winck. Com o pedido de discrição, restou apenas uma faixa num dos trios elétricos com as seguintes palavras: ‘evangélicos, olhem pelos nossos direitos’. Novo protesto na Câmara não está descartado Para a coordenadora da subsede Bauru do Conselho Regional de Psicologia (CRP), Sandra Elena Sposito, a polêmica em torno do projeto de lei que institui a Semana de Combate ao Preconceito e Discriminação demonstra que a interseção entre religião e política é problemática. De acordo com ela, por meio da política, alguns parlamentares tentam impor valores que são de algumas religiões específicas, embora o Estado seja laico. Mas segundo o vereador Roberval Sakai (PP), esse caso em específico nada tem a ver com religião. “Se eu fosse agir como evangélico, tiraria somente a sigla LGBT. Mas se votarmos do jeito que estava, discriminaríamos os outros segmentos. A Constituição é clara: os direitos são iguais para todos”, afirma. Os argumentos, porém, são compreendidos pela Associação Bauru pela Diversidade (ABD) e apoiadores como um meio encontrado pelo vereador para tentar driblar seu preconceito pontual contra os LGBTs. De acordo com o conselheiro da associação, João Winck, na reunião realizada na Câmara houve outra tentativa de generalizar as populações vítimas de preconceito por meio do termo ‘minorias’. “Isso é para inferiorizar, desqualificar. As mulheres são maioria da população, os negros são maioria”, diz Sposito ao citar algumas populações. Ela ressalta que minoria é o branco, jovem, heterossexual e sem deficiência. “Ele prometeu e não cumpriu. Queremos ética. Na sessão de quarta-feira faremos manifestação”, explica Winck. A ABD convoca todos os militantes e os que se sentem prejudicados com a questão para comparecer no Legislativo na próxima quarta-feira. Outra manifestação não está descartada. “Se o projeto for aprovado assim, vamos fazer um movimento para que a lei seja revogada ou para que seja instituída uma associação para levá-la adiante. Nós, da ABD, que somos proponentes desse projeto, não teremos interesse político e ideológico de cumpri-la. Até porque é o terceiro ano que a Semana da Diversidade é realizada e não carece de lei. Mas gostaríamos que fosse reconhecida legalmente”, acrescenta João Winck. A reunião dele com o grupo de apoiadores na última sexta-feira surpreendeu Sakai. “Estou agindo como homem público, pensando em todos os segmentos da sociedade que são discriminados, inclusive o pobre. Eu estaria usando de discriminação se tivesse retirando algum grupo, mas não retirei nenhum. Só coloquei ‘todos os segmentos de nossa sociedade’. Eles estão juntos”, conclui. |
Luciana La Fortezza - Jornal da Cidade |